A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) participou, de 10 a 12 de julho, do “I Encontro de Jovens Indígenas Baniwa e Koripako: interculturalidade, ética Baniwa-Koripako, PGTA como desafios e oportunidades para a sustentabilidade socioambiental e bem viver na bacia do rio Içana”. O encontro aconteceu na comunidade Tucumã Rupitá, localizada na Terra Indígena Alto Rio Negro, no município de São Gabriel da Cachoeira (AM).
Participaram do encontro jovens indígenas representando mais de 85 comunidades, além de lideranças tradicionais, membros da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e parlamentares indígenas que dialogaram sobre futuros projetos dos povos Baniwa-Koripako e os desafios atuais.
“Esse encontro tem como objetivo reunir todos os jovens da região. Aqui temos a participação de jovens, professores e lideranças. Minha expectativa é que vamos levar nossa luta com firmeza por nossos direitos e nossa terra”, afirmou Leandro Baniwa, articulador do encontro.
Lideranças tradicionais discutiram idealizações e realizações de projetos dos Baniwa-Koripako do passado e desafiaram os jovens a pensarem no presente e no futuro dos povos da região. Foram três dias de intensos debates e trabalhos de grupo que resultaram em uma carta de intenções e compromissos dos jovens Baniwa-Koripako. “O movimento de jovens não pode ser aleatório, tem que ser de acordo com a cultura e o povo”, destacou André Baniwa, liderança do povo Baniwa.
A coordenadora executiva da Coiab, Nara Baré, esteve presente nos três dias do encontro e destacou a importância do engajamento dos jovens no processo de articulação e formação de novas lideranças indígenas.
“É com essa força da juventude, dos homens, das mulheres que nós vamos juntos nos nossos territórios e em Brasília com nossos irmãos de outras regiões dizendo não ao PL 490, reafirmando que nossa história não começa em 88. Juntos dizendo sangue indígena nenhuma gota a mais”, afirma Nara Baré, coordenadora geral da COIAB.
