Comunidades indígenas do Acre recebem apoio do Fundo de Emergência da Amazônia

Kits para pesca e roça, cestas básicas, materiais de higiene e combustível foram entregues para os povos indígenas Shanenawa, Madija (Kulina), Ashaninka, Huni Kuin, Nukini e Arara Shawãdawa.

Publicada em: 06/11/2020 às 02:00

No mês de novembro, kits para pesca e roça, cestas básicas, materiais de higiene e combustível foram entregues para os povos indígenas Shanenawa, Madija (Kulina), Ashaninka, Huni Kuin, Nukini e Arara Shawãdawa, que vivem nos municípios de Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no estado do Acre. O apoio foi viabilizado através do Fundo de Emergência da Amazônia (AEF)[/url], cujo objetivo é apoiar as comunidades indígenas afetadas pela pandemia do novo coronavírus.

“Os materiais foram distribuídos para as famílias que agradeceram esse importante apoio do Fundo de Emergência da Amazônia”, relata Assis Kaxinawá, liderança do povo Huni Kuin (Tarauacá/AC).

O fundo é uma iniciativa da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA)[/url], Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), doadores e organizações não governamentais. A COIAB tem como papel articular a distribuição do fundo junto as organizações de base nos 9 estados que compõem a Amazônia brasileira.

Toya Manchineri, membro do Comitê Gestor do Fundo Emergência da Amazônia, e responsável pela articulação e implementação do fundo junto as lideranças indígenas do Acre e Sul do Amazonas, destaca a importância da divulgação das ações implementadas com recursos do AEF. “É importante mostrar para os doadores que os recursos estão sendo realmente destinados às comunidades indígenas, e também que é necessário mais apoio para que possamos alcançar mais comunidades e mais famílias”.

Até o mês de novembro, entre os povos indígenas do estado do Acre, foram 27 óbitos, 1.162 casos confirmados em Terras Indígenas e 14 povos atingidos pela pandemia da Covid-19, segundo dados levantados pela Comissão Pró Índio do Acre.


Por Alana Manchineri, comunicadora indígena da COIAB