A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), lançou neste sábado (09/12), na [highlight= rgb(255, 255, 255)]COP28, realizada em Dubai, o Boletim de Emergência Climática nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira, que traz análises detalhadas dos cenários da precipitação de chuvas, variações de temperaturas, impacto de fenômenos climáticos, monitores de seca, desmatamentos, queimadas e garimpos na Amazônia, com recortes para cada um dos nove estados que integram a Rede Coiab (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO). Tem objetivo fomentar os debates sobre a realidade vivida pelas populações locais, assim como enfatizar a responsabilidade das atividades individuais e coletivas sobre essa grande problemática.
O lançamento do Boletim na COP28 é essencial pela alta visibilidade que o evento tem em relação às pautas sobre mudanças climáticas. A Gerente de Monitoramento Territorial Indígena da Coiab, Vanessa Apurinã ressalta a importância do Boletim “É dar visibilidade/denunciar às autoridades/governantes que estão presentes no maior evento sobre clima. Muitas destas autoridades são responsáveis por grande parte das emissões que agravam a seca.” E completa dizendo: “…Não há vida indígena sem a floresta em pé. Este efeito climático nos prejudica. O boletim é mais um alerta da necessidade para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e da necessidade de justiça climática para os povos indígenas.”
O lançamento contou com a participação da coordenadora do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns (Cita), Auricélia Arapiun; a coordenadora da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Marcilene Guajajara; a coordenadora da Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Apiam), Mariazinha Baré; e o representante da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp), Demétrio Tiriyó.
A vida na região da Floresta Amazônica, região mais biodiversa do mundo e principal bloco florestal de regulação climática do planeta, a Amazônia pode passar de maior sumidouro de carbono a um gigantesco emissor de Gases de Efeito Estufa (GEE), agravando a emergência climática na região e a crise global do clima. Observando todo cenário no boletim, é imperativo que cada indivíduo assuma a responsabilidade de apoiar a conservação da Amazônia, pressionar pela realização de práticas sustentáveis, reduzir nosso impacto ambiental pessoal e em especial, fornecer apoio vital às brigadas indígenas e aos monitores indígenas que colaboram diretamente para defesa e manutenção de nosso corpo-território.
O Boletim de Emergência Climática nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira pode ser acessado na íntegra clicando aqui e a versão em inglês aqui.
Texto: Robson Delgado / Fotos: Pepyaká Krikati | Rede de jovens comunicadores indígenas da Coiab
Coiab lança, na Conferência do Clima, boletim sobre a crise climática na Amazônia
Elaborado pela Gerência de Monitoramento Territorial Indígena (Gemti), o documento apresenta análises detalhadas sobre o clima na região
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