Mais de uma tonelada de água, alimentos e materiais de higiene chegaram hoje (26) a Rio Branco, com o objetivo de ajudar a aliviar o sofrimento de diversas comunidades indígenas atingidas pelas alagações ocorridas no Acre desde o início do mês.
A doação dos materiais é parte do projeto Asas da Emergência – uma parceria da COIAB com o Greenpeace e várias organizações – que busca prestar assistência as aldeias e povos indígenas afetados pela COVID-19 por toda a Amazônia.
Os materiais somam 1,4 mil quilos, incluindo 30 caixas de água mineral, 50 cestas básicas, 25 caixas de sabão, além de caixas de água sanitária, máscara e álcool em gel.
Parte desse material será enviado a Terra Indígena Camicuã, que fica no município de Boca do Acre, no Sul do Amazonas. Por ali, 22 famílias Apurinã têm sofrido com a COVID-19 e com o transbordamento do Rio Purus -são 99 indígenas afetados naquele território. A logística de entrega até Boca do Acre será realizada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Purus.
O restante ficará em Rio Branco, onde vai apoiar 36 famílias indígenas da capital que também vem sofrendo tanto com a COVID quando com a cheia do Rio Acre.
O coordenador de Territórios e Recursos Naturais da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônia (COICA), Toya Manchineri, foi quem recebeu o material em nome da COIAB. “Esses mantimentos são uma ajuda inicial, que busca aliviar o sofrimento dos parentes neste primeiro momento”, afirmou.
Os povos indígenas do Acre sofrem hoje com a escassez de água potável e a destruição de plantações de subsistência – como roçados de mandioca e banana, sistemas agroflorestais e criação de animais. Povos como Madija, Jaminawa, Shanenawa e Huni Kuĩ ficaram com aldeias completamente submersas. Em todo o Acre, mais de 118 mil pessoas sofrem com os impactos das alagações.
