No dia 01/11, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e a Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Apiam) iniciaram um levantamento dos impactos da estiagem extrema nas comunidades indígenas do Amazonas. Desde setembro deste ano, as calhas dos rios do Amazonas registraram baixas históricas, com o aquecimento das águas, inúmeros peixes e botos mortos, sem contar todas as dificuldades decorrentes dessa seca.
Segundo dados levantados pela Apiam, cerca de 65 mil famílias indígenas foram afetadas pela seca desde setembro. Como forma de compreender os principais impactos na área da saúde, a Coiab e a Apiam circulam um questionário para ser respondido pelas lideranças das comunidades amazonenses, para entender questões de saúde, nutrição, água, saneamento e higiene durante a estiagem. O ideal é que as perguntas sejam respondidas pelas lideranças com o apoio do Agente Indígena de Saúde (AIS) e/ou do Agente Indígena de Saneamento (AISAN).
Em outubro, as duas organizações divulgaram uma carta declarando a emergência climática no Amazonas, diante da estiagem histórica e do alto número de queimadas na região. A iniciativa visa compreender a situação em cada comunidade e também buscar apoios com parceiros para mitigar os impactos. O questionário poderá ser respondido até o dia 10/11 (sexta-feira).
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Coiab e Apiam convocam lideranças do Amazonas para pesquisa sobre impactos na saúde durante a estiagem
