Coiab apresenta projeto Conexão Povos da Floresta no Acampamento Terra Livre

Coiab apresenta projeto Conexão Povos da Floresta no Acampamento Terra Livre

Publicada em: 24/04/2024 às 08:34

A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), realiza nesta terça-feira (23/04), a apresentação do Projeto Conexão Povos da Floresta, na tenda da Coiab no Acampamento Terra Livre (DF). Participaram desse lançamento as organizações que puxam a iniciativa, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) junto a Coiab. A iniciativa conjunta, visa conectar em rede, via internet banda larga, mais de cinco mil comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhas em territórios protegidos da Amazônia Legal.

Mediado por Luiz Penha Tukano, Gerente de Projetos da Coiab, os participantes da mesa reuniu as 3 realidades que o projeto abrange: o representante da Conaq, José Galiza; O representante do CNS, Joaquim Belo; e Avanilson Karajá, coordenador tesoureiro da Coiab. Com eles, houve a colaboração da secretária Executiva do Conexão Povos da Floresta, Juliana Dib Rezende. A ideia do projeto é aliar conectividade e energia a programas de inclusão, segurança e empoderamento nas comunidades beneficiadas.

Galiza, do Conaq fala um dos principais benefícios do programa “… o projeto atente também a demanda de monitoramento territorial, com aplicativo para fazer denúncias, podemos apoiar as comunidades nesses casos. Existem casos que já foram denunciados e conseguimos proteger algumas comunidades”. Avanilson Karajá, da Coiab diz que a ferramenta é ideal para fazer denúncias “O projeto surge na perspectiva, nesses 3 seguimentos apresentados (extrativistas, quilombolas e indígenas). Para levar tecnologia da informação. Foram mais 600 comunidades beneficiadas. Assim podemos combater outros grupos que estão atacando nossas comunidades, como os garimpeiros, grileiros e madeireiros. Trazemos denúncias através do jurídico, das organizações e demais coletivos. Essa ferramenta é muito importante para combater esses atos ilegais.”

O projeto é liderado pelas organizações de base Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), em parceria com mais de 30 organizações da sociedade civil, instituições e empresas.

Juliana, secretária executiva do projeto, lembra sobre os pilares “infraestrutura, controle comunitário, inclusão digital consciente” e completa “… ”. Foram mapeadas mais de 4537 comunidades, entre quilombolas, extrativistas e indígenas na Amazônia Brasileira, a intenção é que até 2026 estejam conectados em rede com internet banda larga, por volta de 1 milhão de pessoas. Atualmente o projeto conta com 30 parceiros, com 17,9 mil pessoas cadastradas, sendo 54 mil beneficiados direta e indiretamente.

A realização dessa mesa contou com o apoio da Flacso, CONAQ, CNS e Instituto Arapyaú. Durante a roda de conversa, foi exibido o vídeo institucional, que pode ser acessado clicando aqui.

Texto: Robson Delgado Baré
Foto: Kaiti Topramre Totore Gavião