1ª Formação dos Agentes de Monitoramento Indígena reúne 7 povos indígenas do Maranhão e Tocantins

Terra Indígena do Arariboia (MA) foi escolhida como ponta pé inicial do curso realizado pela Gerência de Monitoramento Territorial Indígena(GEMTI) da Coaib

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Publicada em: 24/02/2024 às 00:00

A 1ª Formação dos Agentes de Monitoramento Indígena (AMIS), está sendo realizada na Terra Indígena Arariboia entre os dias 19 a 25 de fevereiro, no estado do Maranhão. Os cursistas e ouvintes são de diferentes povos como: Guajajara, Xerente, Krikati, Krahô, Ka’apor, Karajá e Javaé. Na abertura a benzedeira, Izelda Guajajara abençoou com reza o encontro para ser prospero e produtivo. Os participantes são indicados pelas lideranças das organizações indígenas estaduais do Maranhão e do Tocantins, a Coordenação e Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA) e a Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (ArPIT), respectivamente, para compor a Rede de Monitoramento Territorial Indígena da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

Conteúdos de cartografia, direitos indígenas, instrumentos de gestão territorial e manuseio de aplicativos de coleta de dado geográfico para preparar os Agentes de Monitoramento Indígenas no levantamento de informações importantes sobre os territórios indígenas e registrando essas informações com coordenadas geográficas, para subsidiar documentos para incidências políticas são temas que estiveram presentes dentro do curso. A Gerente de Monitoramento Territorial Indígena, Vanessa Apurinã, diz que o evento é relevante para esses povos, pois foi pensada no plano de ação da Gerência de Monitoramento Territorial Indígena, e aborda a questão de proteção territorial, autonomia e o empoderamento dos monitores no uso das tecnologias para monitoramento de gestão territorial “Trabalhar com a tecnologia é melhorar o trabalho dos monitores que já fazem isso de forma milenar, hoje unimos a tecnologia com saberes tradicionais indígenas”. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), é o parceiro da Coiab para que o evento pudesse ocorrer, o analista de pesquisa representante do IPAM, Raí Pinheiro Alves, diz que a parceria entre o IPAM e Coiab representa o poder de autonomia para os povos, e manter uma parceria histórica que o IPAM, que já é de longa data, “as populações podem mapear e isso pode acelerar processo de denúncias, além de identificar nos territórios os produtos locais como: castanha, açaí etc, assim desenvolver projetos em cima desses dados coletados”. Além do IPAM, outros parceiros para a realização da formação foram a Wildlife Conservation Society (WCS), Norway’s International Climate and Forest Initiative (Nicfi) e Innovating Nature Restoration & Reforestation (Land Life).