Ocorreu neste sábado, 16, na cidade de Manaus, do Estado do Amazonas, a oficina de proteção e Defesa dos defensores de direitos humanos e ambientais, o encontro foi organizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) em parceria com o DAR – Direito, Ambiente e Recursos Naturais, com apoio do World Wide Fund for Nature (WWF).
Na programação foram realizadas a contextualização das lideranças indígenas sobre as ameaças que cercam seus territórios, empreendimentos, mineração entre outros, e diálogos sobre direitos humanos e ambientais com a participação dos assessores jurídicos da Coiab, Eloy Terena,do povo Terena, Cristiane Baré, do povo Baré, Tito Menezes, do povo Sateré-Mawé e Rogério Xerente, do povo Xerente.
Segundo o Técnico de projetos da Coiab, Avanilson Karajá, do povo Karajá, o objetivo do evento é entender como construir uma agenda ou ações para defender as lideranças indígenas, obter informações desses defensores, o que eles fazem, para que a Coiab enquanto organização coloque em um plano de ação de defensores dos direitos humanos e meio ambiente da Amazônia brasileira. “Sabemos que o Brasil é um dos países sul americanos que mais mata defensores de direitos humanos e meio ambiente, e nós povos indígenas somos esses defensores, então temos que buscar ferramentas para apoiar nossas lideranças indígenas que estão fazendo esse trabalho em defesa do coletivo” destacou Avanilson.
Sem a proteção do Estado, muitas lideranças indígenas defendem seus territórios com suas próprias vidas, a líder Indígena, Alessandra Korap, do povo Munduruku, vice-presidente da Federação Estadual dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), presente no encontro, destacou que este momento foi fundamental para dialogar e buscar proteção para defender a vida.
“São tantas lideranças que estão defendendo seus territórios, estão de frente mesmo, colocando seu corpo, colocando os filhos muitas vezes, arriscando suas vidas para defender os seus territórios, que esse encontro de lideranças possa ser expandido cada vez mais, pois precisamos de segurança para estarmos vivos, pois colocamos nossas vidas em risco e muitas das vezes não temos apoio do governo e nem do estado para nos proteger, então o único apoio é de organizações como a Coiab, e outras”
A atividade foi para identificar as ações que eram fortemente presentes ou ausentes para poder traçar estratégias de fortalecimento nas ações do movimento indígena.