Umas das principais reivindicações do movimento indígena amazônico, o Fundo Indígena, parece enfim estar saindo do papel. Após anos de debates, a ação que busca difundir a conservação e promover projetos de sustentabilidade em terras indígenas, foi bastante discutida durante o ano. Entre as ações estão a realização de oficinas sobre o assunto nas capitais da região norte.
O Fundo Indígena é uma ideia dos movimentos e organizações que acreditam que a conservação de áreas indígenas deve ser ampliada e muito bem difundida. A primeira vez que o assunto apareceu em debate foi em 2005, no qual começou-se a idealizar a estrutura do mecanismo do fundo. Nesse ano, ele foi veiculado no âmbito do projeto “Catalisando a contribuição das terras indígenas para a conservação dos ecossistemas florestais brasileiros”, mais conhecido como GEF Indígena. Também na mesma época definiu-se que o objetivo do fundo seria conversação da biodiversidade em terras indígenas.
No ano de 2011, o fundo tornou a ser discutido em um encontro de lideranças indígenas da Amazônia Brasileira, em São Gabriel da Cachoeira, AM. Nesse evento, a Coiab voltou a falar sobre o assunto juntamente com lideranças indígenas e ONG’s que definiram novas estratégias de autonomia e sustentabilidade dos povos e organizações na região amazônica.
OficinasEm 2018, o Fundo Indígena foi discutido através de três oficinas realizadas com líderes indígenas, parceiros governamentais e não-governamentais. Elas ocorreram em três etapas, sendo a primeira em julho com movimentos do Amazonas, Acre e Roraima, em Manaus e a segunda com lideranças de Mato Grosso, Rondônia e Tocantins, em Porto Velho. Já a terceira ocorreu em novembro reunindo Amapá, Maranhão e Pará, em Belém.
Cada uma dessas oficinas, discutiu e visou firmar mais parcerias, estruturar melhor o fundo e coletar recursos para as aplicações geradas pelo o projeto do Fundo Indígena.