Coiab reúne lideranças indígenas do Alto Rio Purus, Vale do Juruá e Vale do Javari para construir estratégias de proteção dos povos indígenas isolados e de recente contato nos Corredores Territoriais Transfronteiriços

Encontro coordenado pela Gerência de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (GPIIRC) debate as iniciativas de proteção dos povos indígenas isolados na fronteira Brasil-Peru

Publicada em: 30/01/2024 às 01:00

Entre os dias 29 a 31 de janeiro, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), através da Gerências de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (GPIIRC), promove o encontro Alianças para a proteção dos corredores territoriais para povos indígenas isolados na fronteira Brasil-Peru. O evento tem como objetivo fomentar e fortalecer os papéis dos diferentes atores que atuam na proteção dos povos em situação de isolamento, como movimento indígenas e comunidades, parceiros da sociedade civil, Estado brasileiro, para, em bloco, garantir uma atuação mais incisiva nas regiões transfronteiriças.

O encontro acontece em Rio Branco (AC) e é realizado em parceria com a Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-Acre), Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi) e a Rainforest Foundation Norway (RFN), com o apoio do Bezos Earth Fund, e conta com a participação de diferentes organizações indígenas das regiões Alto Rio Purus (Acre e Amazonas), Vale do Juruá (Acre e Amazonas) e Vale do Javari (Amazonas), todas áreas em que os povos indígenas transitam entre os territórios dos dois países.
A Coiab busca estratégias para coordenar as incidências de organizações indígenas e indigenistas junto ao Estado brasileiro para garantir um peso maior na cobrança dos direitos indígenas dos povos isolados e dos territórios em que vivem. Segundo Luiz Fernandes, gerente de povos isolados e de recente contato da Coiab (GPIIRC), esta é uma agenda positiva para a governança da política de proteção, unindo países para deliberar uma agenda binacional, entendendo que no âmbito transfronteiriço os instrumentos estratégicos de garantia de direitos são diferentes em cada país. “Para os parentes não existe fronteira, o território é indígena seja no lado brasileiro, seja no lado peruano, portanto buscamos fortalecer as iniciativas indígenas de proteção desses povos, fortalecendo os parentes que já fazem esse trabalho dentro dos territórios”, afirma Fernandes.

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