Entre os dias 02 e 03 de abril, lideranças indígenas do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão se reuniram para o Encontro da Rede de Organizações de Base da COIAB, em Brasília-DF. O evento teve como tema “Consolidando estratégias de fortalecimento das ações em rede”. As lideranças são coordenadores e coordenadoras das organizações regionais de base da COIAB: APOIANP, CIR, Movimento Indígena do Acre, Opiroma, COAPIMA, Retomada do Movimento Indígena Amazônico, FEPIPA, ArPIT e FEPOIMT.
Com objetivo de fazer o alinhamento com as organizações de base da Coiab, o momento ajudou a criar estratégias e fortalecer as ações em rede. As lideranças avaliaram a atual gestão como uma experiência positiva para o movimento indígena amazônico. “Não podemos tirar o time que está ganhando”, comentou Edinho Makuxi, do Conselho Indígena de Roraima (CIR), ao elogiar a atuação das mulheres indígenas para a Amazônia. A gestão atual é a primeira coordenação paritária na história da COIAB em que uma mulher é coordenadora geral.
As gerências de povos isolados e de recente contato (PIIRC), comunicação, projetos, financeira, jurídica e secretaria executiva apresentaram os avanços e perspectivas para o futuro dentro de cada gerência. Em seguida, as lideranças indígenas das organizações de base da Coiab mostraram a atuação das suas organizações e sugeriram a continuidade das alianças em rede com a COIAB. “É importante que a COIAB pense em aproximar as lideranças de base de todos os estados, para que nós possamos conhecer lideranças de base de outras organizações”, ressaltou Edilena Krikati, da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA).
A coordenadora geral da Coiab, Nara Baré, destacou a relevância desse espaço e ressaltou a importância das organizações de base para a sobrevivência da organização amazônica. “A COIAB só existe por conta da base”, reforçou a coordenadora executiva Ângela Kaxuyana, destacando as mudanças pelas quais o movimento indígena da Amazônia passou e situou o lugar da COIAB no fortalecimento da luta por direitos. “É um desafio lidar com a diversidade de povos, com tantas línguas e modos próprios de organização, e a coiab fez um esforço de chegar nos nossos povos”, disse Angela.
Com a finalização do Encontro, as lideranças seguem para o Complexo Cultural Funarte, em Brasília, para o 18º Acampamento Terra Livre (ATL). A maior mobilização nacional indígena terá como tema “Retomando o Brasil: demarcar territórios e aldear a política” e vai reunir indígenas e lideranças das sete maiores organizações indígenas brasileiras. A COIAB contará com delegações vinda dos 9 estados amazônicos.
