Nesta terça-feira (12), na COP29 em Baku, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) estabeleceu diálogo com representantes dos povos indígenas de países da Oceania para um chamado de união global para a crise climática, rumo à COP30 no Brasil.
A delegação da Amazônia brasileira se reuniu com indígenas da Austrália, Nova Zelândia e Tonga. As lideranças compartilharam experiências e desafios na luta pelos direitos dos povos indígenas e contra ameaças, como a exploração de petróleo e combustíveis fósseis, incêndios florestais e degradação ambiental, que afetam a vida, cultura e modos de vida dos povos originários.
Durante o encontro, as lideranças revelaram desafios similares em seus diferentes territórios e países, assim como o desejo em comum de que a voz dos povos indígenas seja ouvida e seus conhecimentos como autoridades climáticas reconhecidos nos espaços de decisão.
Os diálogos fazem parte da estratégia de incidência climática da Coiab. Nesta quarta-feira (13), durante a COP29, a organização fará parte do lançamento da Troika Indígena, reunindo povos indígenas do Brasil, Austrália e Ilhas do Pacífico.
Pela Amazônia brasileira, participaram da reunião: Alana Manchineri, gerente de comunicação e articuladora internacional da Coiab; Luene Karipuna, coordenadora-executiva da Articulação dos povos e organizações indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp); Mayla Karajá, comunicadora e assessora de comunicação da Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (Arpit); e Hildete Araújo, coordenadora do Departamento de Patrimônio Cultural e Pesquisa Intercultural da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn). A Austrália foi representada por Shilo Villaflor, da Australian Human Rights Comission; Katie Kiss, Aboriginal and Torres Strait Islander Social Justice Commissioner; Marla Cutmore; Larissa Baldwin Roberts, do povo Widjabul Wia-bal; Bianca McNeair; Terri Reid; e Suzanne Thompson, representante indígena do comitê de redução de emissões da Austrália. Joseph Sikulu, de Tonga, e Tiana Jakicevich, da Nova Zelândia.
A participação da Coiab na COP29 é viabilizada por meio da iniciativa ‘Raízes – Fundo de Justiça Climática para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais’, do Fundo Brasil. Conta ainda com o apoio dos parceiros Avaaz, Uma Gota no Oceano, Instituto Clima e Sociedade (iCS), The Nature Conservancy Brasil (TNC) e World Wide Fund for Nature Brasil (WWF).
Fotos: Pepyaká Krikati