Coiab e parceiros se reúnem em Brasília para a oficina de revisão da MonitorGATI

Durante a oficina foi debatido uma metodologia para aplicação da ferramenta nos territórios da Amazônia Brasileira

Por: Robson Delgado Baré

Publicada em: 14/10/2024 às 10:15

Na segunda semana de outubro, do dia 07 ao dia 09 aconteceu a oficina de revisão do MonitorGATI, reunindo representantes do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), World Wide Fund for Nature (WWF), The Nature Conservancy (TNC), União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), visando entender e aprimorar a ferramenta de monitoramento que será aplicado nas etno regiões pertencentes a Coiab.

A ferramenta MonitorGATI faz parte do Projeto Redes (Fundo Amazônia) fruto da parceria da Coiab com a TNC. A ferramenta-questionário, MonitorGATI, será aplicada ao longo de 3 anos do projeto e tem como objetivo, por meio de indicadores de bem-estar vinculados às práticas de gestão territorial e ambiental dos povos indígenas, criar um índice que possibilitará diversas análises, correlações e espacializações dos problemas e potencialidades dos territórios. Dessa forma, realizaremos a criação e a execução de uma metodologia científica feita por mãos indígena. O questionário é dividido em seis dimensões, baseadas nos 7 eixos da PNGATI, e será aplicado nas 64 etno regiões dos 9 estados da Amazônia brasileira. A MonitorGATI tem 6 Dimensões, também chamados Eixos: Gestão ambiental, Gestão econômica, Gestão territorial, Gestão organizativa, Gestão de parcerias e Gestão cultural e do bem-estar.

Coordenador da Coiab Toya Manchineri e Helcio Marcelo da TNC, na abertura da Oficina da MonitorGATI. 2024 (Foto: Robson Baré)

O Coordenador-geral da Coiab, Toya Manchineri fala a importância do novo sistema de monitoramento “A ferramenta do MonitorGATI vai ajudar a entender quais são os problemas e pontos fortes de cada território, assim a Coiab pode saber como ajudar as terras indígenas e também como realmente podemos incidir da melhor forma nos territórios. Ter a visão dos povos indígenas desde a construção até quando for aplicado é essencial para termos um melhor resultado”.

Já para a Coordenadora secretária, Marciely Tupari o encontro serviu para que a ferramenta pareça mais explicativa para os territórios em que a MonitorGATI vai chegar “A nossa missão é que no final de todos esses planejamentos a ferramenta seja mais intuitiva para quem vai aplicar e quem vai responder. Ela deve atender as necessidades e realidades dos povos indígenas justamente por que ela vai servir para a Coiab ajudar os territórios”, finaliza.

O evento foi organizado pela Gerência de Monitoramento da Coiab e mediado por representantes do IEB, que facilitaram as discussões acerca da ferramenta. As etapas da ferramenta estão vinculadas as demais áreas da coiab, como o Centro de Formação Indígena Amazônico (CAFI), comunicação e setor jurídico, onde atuam conjuntamente para fortalecer as estratégias na Amazônia Brasileira.

Na oficina foi importante as questões levantadas pelas das lideranças para revisar estrategicamente as perguntas do formulário, garantindo que ele retrate com maior fidelidade as realidades vivenciadas nos territórios. A participação garante que todas as perspectivas indígenas sejam contempladas nesse processo, contribuindo para a construção de uma ferramenta mais representativa e sensível às diferentes demandas dos territórios.

Fotos: Robson Delgado Baré