Amazônia indígena reivindica co-presidência na COP30 durante encontro com governo federal

Encontro com sociedade civil aconteceu durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão

Por: Valdeniza Vasques

Publicada em: 14/11/2024 às 09:18

Durante o encontro do governo federal brasileiro com a sociedade civil na COP29 nesta quarta-feira (13), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) reivindicou uma co-presidência indígena na COP30, que será realizada na Amazônia em 2025.

“Não aceitamos que as negociações aconteçam sem a participação das nossas vozes, que somos as autoridades do clima no Brasil”, disse o coordenador-tesoureiro da Coiab, Avanilson Karajá, durante o encontro, que contou com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin, da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

A Coiab também reivindicou o fim da era dos combustíveis fósseis, transição energética justa, financiamento direto para organizações indígenas, desburocratização do acesso ao Fundo Amazônia e a demarcação dos territórios indígenas como política climática.

“Enquanto a demarcação de terras indígenas não for considerada uma política climática, ficará muito difícil controlar e equilibrar as mudanças climáticas. Nós, povos indígenas, somos a resposta”, declarou.

A participação da Coiab na COP29 é viabilizada por meio da iniciativa ‘Raízes – Fundo de Justiça Climática para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais’, do Fundo Brasil. Conta ainda com o apoio dos parceiros Avaaz, Uma Gota no Oceano, Instituto Clima e Sociedade (iCS), The Nature Conservancy Brasil (TNC) e World Wide Fund for Nature Brasil (WWF).

Fotos: Isaka Huni Kuin